quarta-feira, 30 de novembro de 2011

UCross na revista Cross Country


Descrição do UCross pela Aircross

Nossa ideia quando desenvolvemos o UCross foi uma asa de alta performance confortável para voos de cross country, com hangliding preciso e características próximas às velas de competição. Especialmente quando subindo em térmicas, a vela realmente procura entrar na térmica em vez de abater para trás do piloto. Essa entrada combinada com suas características de subida nas térmicas torna o UCross perfeito para o piloto de XC que objetiva rodar aquela última termal fraca do final do dia aproveitando na íntegra um longo dia de cross.

Um pouco da História da Aircross

Gibus é um projetista francês, mais formalmente conhecido como Hervé Corbon, criador da marca Aircross 15 anos atrás na França. Ele ficou bem conhecido rapidamente por seus projetos radicais e ideias inovadoras, suas velas de competição tem a reputação de serem Top em performance. Ele trabalhou em várias tecnologias que hoje são usadas em velas de linha, como o sistema Rigifoil, o arco Gibus, e desenvolveu o primeiro protótipo duas linhas que voou muito antes de 2010. Um de seus velames o U3 foi um grande sucesso em termos de competições, em 2008 o piloto Konrad Gorg comprou a companhia e em uma entrevista recente à nossa revista em 2010 Konrad disse, “Na época fui movido puramente por minha paixão no paraglider”. A companhia moveu seu setor de desenvolvimento de protótipos para a Alemanha e expandiu o time. Eles aumentaram o range de velas incluindo velas seriais, e nesse processo de ampliação o UCross é a vela mais recente. As velas são produzidas pela fábrica da Gin na Coréia, o projetista Gibus mantém uma estreita relação com Gin Seok da Gin Gliders a muito tempo, atualmente os escritórios de trabalho da Aircross são ao norte da Alemanha.

Construção

Esta vela é pincelada com as últimas tecnologias, como é de se esperar da Aircross. O alongamento de 6.1 é relativamente grande para a classe EN-C. O UCross tem 76 células, muito para uma EN-C, isto define um perfil ótimo ao velame, ao custo de peso e complexidade. No nariz você encontra uma construção complexa. Diferente de outros projetistas que usam talas de nylon ao longo das paredes das células para evitar o Mylar, o UCross usa o Rigfoil System, que consiste no uso de talas para reforçar o perfil entre só que entre as paredes das células, enquanto as células tem paredes de Mylar.

Perguntei ao Konrad o porquê dessa escolha diferente das demais marcas e ele me disse: “Nós queremos uma vela resistente ao uso e comprometida com a segurança.” Na opinião da Aircross usar talas + Mylar se comparado com o uso apenas de talas, “não compromete a segurança do glider depois do colapso.” É verdade que essa combinação acrescenta peso ao bordo de ataque, mas para o bigboss da Aircross a questão é o quanto tirar de peso do bordo de ataque é importante? Segundo Konrad esse ponto está sendo superestimado pelas outras marcas e além disso são usados caros tecidos de 27g/m2 na estrutura interna do ataque o que compensa parcialmente o uso de Mylar.

São três células fechadas de cada lado nas pontas, e ainda ao longo do ataque. Ao longo da corda é encontrado o Arco Gibus, o que ajuda na sustentação do bordo de fuga, combinando o arco com talas. Então ao dobrar sua vela é interessante usar concertina para manter a integridade das talas. Ao longo do bordo de fuga encontramos mini perfis que são onipresentes atualmente.

O plano de linhas e o de um puro três linhas para redução do arrasto de linhas. Somente a galeria superior é de linhas sem capa. Os tirantes são finos. A banda A tem uma linha separada e sendo atuada de forma diferente na trimagem da vela acelerada. O acelerador usa roldanas de boa qualidade Harken. Os freios são presos por pressão e possuem distorcedor na linha. Os batoques são finos e confortáveis, fáceis para empunhar.

Decolagem

À despeito do grande alongamento para essa classe o UCross é fácil de decolar em qualquer condição, desde a fraca brisa até em condições térmicas turbulentas. Em todos os casos uma tração gentil no A e uma subida estável necessitando de pouco comando para fazê-la parar na cabeça e se manter nessa posição.

No Ar

Tão logo você decola nota o hangliding do velame, é realmente um carro de rally nos céus e tem a pilotagem mais direta da sua classe, mais direta que muitas velas EN-D final de homologação. Pequenos movimentos são requeridos para manobrar essa vela e por isso a recomendamos para pilotos já familiarizados com essa homologação em detrimento aos pilotos que querem ascender para o EN-C. Mas se adaptando com a finesse que o comando do UCross proporciona é o tipo de vela que coloca um sorriso no rosto do piloto, e digo isso pois o UCross fez isto por mim!

Em termais é fácil de manter a vela no seu lugar, pequenos inputs de freio são necessários. A agilidade do velame proporciona o giro em bolhas muito pequenas e uma vez centrada a térmica a vela exige pouca atenção liberando o piloto para estudar o próximo movimento.

Na turbulência a vela parece sólida e de novo precisa de pouco comando, o hangliding direto do UCross faz com que sejam necessários pequenas correções para impedir potenciais colapsos. No sul da França voando em uma região muito turbulenta eu achei o comportamento da vela impecável na turbulência, pequenas fechadas de orelha que não necessitaram nem de comando para abrirem.

Konrad me contou que estava muito satisfeito com a performance da vela, ele mesmo voou 250km durante uma sessão de fotos (deve ter sido em Quixadá). Embora comparações sejam notoriamente difíceis de fazer, me pareceu uma vela admirável mantendo-se bem no alto dos outros gliders de sua classe e de muitos da classe acima também...

O sistema de aceleração é um pouco pesado, mas fiquei feliz de usar o seu curso 100% e não ver sinais de “fraqueza” do bordo de ataque. Inicialmente eu tive problemas com o roll do glider mas rapidamente arrumei isso. Nas transições, de novo pouco pilotagem e tranquilidade para analisar seus próximos movimentos.

Conclusão

O UCross tem um comando maravilhoso para sua classe. Seguidas vezes eu voltei dos voos com essa vela com um sorriso estampado no rosto. Se você quer o comando de velas top combinada com a segurança passiva EN-C então tente esta vela. Ela é muito se você está sendo apresentado para essa homologação agora mas é perfeita para pilotos mais experientes e para os bons dias de voo.

Marcus King voou UCross M (90-105kg) com 105kg com selete Sup’Air Shamane

Obs: fonte revista Cross Country 138, tradução livre.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

5a no Ynovar Open em Araxa!

Opa, perdi as fotos mexendo na máquina, tsc, tsc, foi mal!!



O dia


Chegamos e a rampa estava praticamente entubada ou próximo disso, a maioria das discussões que se seguiram nos grupos que se formaram rondavam sobre o momento da paralização da prova de 4a, 13:34 ou 13:44, algumas posições se alteram no brasileiro e no Ynovar Open de acordo com a validação desses horários, argumentos válidos em ambas as opções, conforme o resultado divulgado no site oficial do evento o momento computado foi 13:44h, até agora...


O fato é que alguns pilotos entenderam às 13:34h de 4a que a prova seria interrompida em 10 min, e outros (a maioria gringos) entenderam que a prova estava sendo interrompida naquele instante.


A primeira opção, 13:34, segundo a maioria dos pilotos é que foi passada pelo rádio, pessoalmente ouvi sobre a interrupção e nem considerei a hipótese de ter mais 10 min para voar em direção à nuvem que originou essa interrupção, já fiz coisa parecida mas foi no passado remoto da prova de domingo, na 4a já estava amadurecido (medinho), kkkk!


O teto vai subindo, o filtro diminui, a grama fica um pouco mais seca e começam as brincadeiras de controle de solo, decolagens e pousos na rampa e tem paraca na base à incríveis 200 acima da rampa que não chega a 300 de desnível, a comissão técnica elabora uma prova que acredito até possível para o dia, pois embora o teto baixo e com filtro razoável, algumas térmicas fracas brotavam e o pessoal passeava na frente da rampa sustentado...


Foi o momento mais descontraído do dia, diferente do que se seguiu...


Briefight


Uma mistura de briefing e fight pois foi o que aconteceu...


Prova estabelecida uma triangulação com retorno à rampa e do tipo elapsed time ou seja decolagem=start e para zerar a contagem de tempo é só sair e entrar no raio do start novamente.


Fight: os resultados da prova de 4a são publicados, gringos indignados, os resultados publicados tiveram em conta a paralização no horário 13:44, ou seja paralização por questão de segurança e corrida de 10 km em direção a CB para alavancar a pontuação...
Um dos gringos, o Yassen kabeção da PMB , Associação dos Fabricantes de Paraglider protagonizou cena lírica na hora de se manifestar, xilique em inglês foi a primeira vez que vi, os que rolaram em bom português eu já estou acostumado a ver...


Um protesto foi encaminhado e até agora não temos a definição do tema mas os resultados atuais podem ser vistos no site oficial e acho que vão mudar, ou pelo menos, na minha opinião, deveriam...
http://www.ynovaropen.com/site/resultados.php.


Prova

Quase uma repetição do dia anterior:
A maioria conectado, a janela estava aberta, a cobertura estava mais espessa e a sombra era broxante, ninguém decolando, vieram murmurinhos de ameaça de adiamento da janela e tal, e então tchantchantchan, o Blade do Boni é majestosamente colocado em vôo, para alívio da grande maioria dá-se início à prova, pois com um competidor no ar não dá para adiar coisa nenhuma, foi ótimo, valeu Boni!

Iríamos voar uma prova nem que caísse todo mundo no pouso oficial mas o nível de stress iria baixar também!


Foi quase assim:


A maioria escorou-se na cordilheira, 150 m de altura, e a fomos seguindo no que seria a posição mais próxima do primeiro pilão para tirar para o flat, raras tentativas no flat renderam e foi pouco nem suficiente para a baixa base. O pessoal que saiu mais cedo estava melhor colocado e mais alto, no meu “pelotão”, o teto era o topo do fraco lift e após uns 20 minutos do meu start caranguejando pela cordilheira estampei, coloquei incríveis 50 metros acima do topo do platô, botei na cabeça dos tops kkkkk, mas minha felicidade durou pouco tive, ao completar meu giro flat com as andorinhas, a visão do inferno!!

O inferno!

atrás bem formado um cabeção de cumulus (xooo satanás, xoo satanás) que obviamente chegaria ao nível três de segurança em vôo (gato escaldado né...) e nem que abrisse na rota da prova, esta sem dúvida seria cancelada, o purgatório foi olhar nas duas direções da cordilheira, cerca de 80 pilotos entre top’s internacionais, nacionais et all pedurados em um lift parecido com o Morro dos Conventos lá em Criciúma, uma rampa em que voamos na praia quando não vai bombar nada na rampa do Maráca, botei o uripen entre as pernas, dei + meia volta junto com as andorinhas e comecei a voltar para a rampa, outros pilotos subiram e tiveram a mesma idéia e de novo voei com os tops, lado a lado stabilos coladinhos, todo mundo já se divertindo, U4, Edge, FR4, Mantra R9 só velão e eu com meu Mantra M3 lá juntinho, kkkk, quando estávamos quase na rampa o anúncio oficial do cancelamento pelo rádio...

Lembrando que na modalidade elapsed time não tem paralização da prova, só o cancelamento, por motivos óbvios, o start é pessoal...

Na volta peguei carona com Roberto, Sabrina, organizadores do evento e kabeções da YNOVAR e o Mads, kabeção da UP e um dos patrocinadres, eu já havia tirado algumas poucas dúvidas com ele na subida da rampa e acrescentado um número maior à minha cabeça.
Aquela vela verde bonita que postei e anda muito e parece um serial...
O Trango XC light que estava com o Philip, não é bem o modelo de série segundo o Mads, essa vela é um protótipo que voa mais que o Edge de série sim, e nos testes se comportou acima de um LTF 2-3 e abaixo do competition no que concerne à segurança, como essa classificação não existe a UP acabou de inventar o conceito LTF 2-3+ só que não homologou, ué,não existe,kkkk, essa vela mais leve com tecido de gramatura 42 foi realmente idealizada para o X-Alps com características específicas para as condições da prova não vai ser homologada pois trata-se de um projeto muito particular.
Perguntei dos conceitos do HPP da Ozone e qual a direção que a UP tomaria, ele foi tácito: alto custo, a Ozone mostrou a direção, mas viabilidade...

Perguntei quanto ao Trango XC e suas qualidades, tácito novamente: tá pronto vamos encomendar o seu? Olhei os caraminguá no bolso, cocei a cabeça olhei para o Mads e sorrindo percebi que não iria tirar muito mais dele, então para não perder o fio da conversa perguntei sobre como ele havia ido na prova de 4ª, daí é claro, ele estava disposto a falar sobre o horário do cancelamento...

Bastidores

No hotel estava acontecendo uma reunião sobre o brasileiro do ano que vem, penso que o pessoal que conheci na piscina do hotel os quais faziam parte da secretaria de turismo de Botucatu em SP tinham relação com essa reunião, que foi a portas abertas mas não assisti, é melhor aguardar informes oficiais...
Caso se confirme fica mais próximo de SC e nós vamos invadir sua rampa, oioioi...

The end

Depois, pólo aquático na piscina do hotel meus comparsas catarinas (donos da bola) contra um selecionado SP/RJ/MG e foi só marca vermelha do pouco que vi do jogo ninguém ainda havia ido a nocaute... (única foto que se salvou foi essa do celular, as demais devem ter queimado o filme digital quando fotografei o inferno...).

Já me despedi de Araxá hoje, com pesar pois era uma das melhores previsões, 6ª e sábado devem ser de boas provas e que se apaziguem os ânimos e vença o que mandou melhor em vôo limpo, despedi-me desejando aos amigos que ficaram ótimos vôos e deixei o lugar com ótimas impressões. Araxá é show, o evento valeu e quem não foi perdeu e estou perdendo por partir antes do fim,but business are...

Legal destacar o cuidado da organização e acredito que nisso tem o dedo da Sabrina 1a dama Ynovar, com detalhes como os kits dos pilotos, o de inscrição tinha mochila, duas camisetas, chaveiro... legal também que os kits de alimentação e água gelada estavam sempre à mão, na apuração com o Anderson e Haderlei nunca fiquei mais de 10 minutos, só reclamou da apuração quem queria que fosse instantâneo, ou errou na prova e não se apercebeu e também tem quem foi reclamar da fórmula usada mas isso não tem nada a ver com o apurador. Fui testemunha que o juiz de prova, Claudinho de Poços, fez o máximo com o que tinha em mãos; 3 competições, regulamentos diferentes e situações delicadas envolvendo os níveis de segurança, e na minha opinião o juiz deveria ter informações também de fontes não diretamente envolvidas com a pontuação da prova, por exemplo, observadores no goal, isso teria evitado muito desgaste e favorecido tecnicamente as provas e a fidelidade dos resultados com os pilotos que voaram melhor...
Valeu, ano que vem vou tentar ficar todos os dias e acompanhar mais de perto os pelotões, fico eu agora também aguardando ansioso reports do Bigode, Guido e o Gustavo que também gosta de escrever, além é claro do site oficial do evento...
Obrigado Ynovar Open Araxá!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

4a feira no Ynovar Open em Araxá!

Tirem as crianças da sala...
Isso mesmo não é montagem não, muitas testemunhas podem confirmar, chegamos na rampa e lá estava o Boni fazendo autopropaganda, valorizou, botou preço e haviam interessados, não sei se fecharam no preço, kkkkkk...
Grande Boni!







Refeito do susto (podem trazer as crianças de volta)!!
Chegamos na rampa o dia parecia bom, conversei com o Philip (foto abaixo) um colaborador UP na França, ele que estava voando o Trango XC light que postei as fotos...

Me disse que a versão que está voando é a versão final do Trango XC, então logo em dezembro estará disponível para nós...



Disse mais: que a performance era igual ao Edge (devo ter feito cara de babaca nesse momento) e que ele achava uma vela segura...

E acrescentou com o que deve ter sido o aumento da minha careta, que se referia a condição de vôo sem o uso do acelerador...
Perguntei sobre o hangliding e controle de solo, pessoalmente não me dei bem com esses aspectos em versões mais antiga da série Trango, mas achei que a UP resolveu isso afinando brilhantemente o Summit XC, ele me respondeu que realmente trabalharam muito nesse aspecto no Summit e que no Trango XC foram melhorados!!
Vem coisa boa por aí, fominha que sou quase pedi para dar uma voltinha!!!
Aaaahhhmm, e daí toquei na ferida do serial e perguntei sobre a difícil barreira de bater, com projetos de velas seriais, a velocidade full speed de 60km/h e ele me disse que o curso do acelerador do modelo dele é o original como sairá em dezembro, e que tem voado bem rápido com bom planeio mesmo não batendo a casa dos 60, que eu observasse no ar...
Perguntei sobre quais as tendências na UP depois que a Ozone levou o PWC com conceitos um tanto diferentes, ele me indicou o Mads sobre esse tema, o Mads é o cabeção da UP e está na competição e amanhã vou procurá-lo...
Nesse momento chamaram para o briefing...
A Prova
Prova definida, 63 km, eixo diferente das provas anteriores que foram p/ Sacramento, essa era pilão em Tabira depois Cachoeira e goal em São João, no horizonte ao longe algumas nuvens com desenvolvimento vertical lento sem ser anormal, fui atrás da rampa ver a condição na rota, tudo limpo, mas aquele tom de azul característico...
Janela abrindo às 11:50 e start às 12:30, dessa vez eu estava arrumado na linha de frente da rampa nova para decolar de prima, pelo menos por um instante eu iria estar com o pelotão de frente, kkkk!!
Olhei para cima uma cobertura a média altura começou a sombrear a região da rampa e vizinhanças e faltavam 5 min para a abertura da janela.

JANELA ABERTA, todo mundo conectado, Boni ao meu lado se coçando para decolar com o Blade, bonita vela, a cobertura continuava a nos deixar na sombra, passaram-se 10 minutos, mais de 100 pilotos conectados, speedarms, pullover, cachecol e mesmo na sombra o calor era insuportável e a tensão...
A borda da cobertura cruza o sol, esqueta mais, 5 minutos e no meu rádio na frequência oficial alguém diz para suspender a janela e adiar tudo 20 min, poucos ouviram, ninguém ainda havia decolado, foi no mesmo instante que o Boni botou o Blade sobre a cabeça para decolar, gritei p/ ele abortar (oh boquinha, se eu tivesse ficado quieto e ele tivesse decolado...)
Confusão no rádio
À partir daí tudo acontece muito rápido, várias transmissões, sem justificativas à favor e contra a mudança, pilotos exaltados berrando protestos nas duas rampas, a idéia seria que muita gente decolando praticamente dentro do start prejudicaria os competidores, esse foi um dos comentários, lembrem-se que a maioria estava a mais de 40min pronto na posição, tudo checado, eletrônicos em ordem e nenhum paraca no ar, nem o biruta evidentemente se arriscou na sombra após a abertura da janelai...
Claudinho, o juiz de prova, chamou a responsabilidade e mesmo com as discussões mantendo-se no rádio e no grito anunciou pela manutenção do que foi estabelecido no briefing, o pessoal à favor do adiamento tentando ganhar no rádio e os que queriam manter tentando ganhar no grito, para acabar com a palhaçada o Boni decolou... (dessa vez fiquei quieto e fui atrás)
Bom um competidor no ar não poderia mais ser mudado nada e foi uma revoado em 1 minuto devem ter decolado uns 30 parapentes dentro do start, todo mundo no zerinho ou para baixo, a térmica de serviço não havia brotado, decolamos sem indícios de subida, nem turbulência na rampa nem urubu, andorinha, vespa... só pela tensão gerada pelo desencontro de informações!
Muuiiito difícil subir e muita gente não se equilibrou no zerinho +1 e -1 e caiu no pé da rampa, bons pilotos perderam sua concentração, tive a sorte de ficar e finalmente ELA BROTOU, uhuuu, girei com o Claytom, Bigodeira, Yassem e muuita gente boa e subimos, talves em 10 parapentes.
Antes de começar a subir na hora mais difícil, observei o francês no Trango, ele apostou na esquerda da rampa e saiu sozinho, não sei o que ele viu, só sei que quando começamos a subir ele já estava estampado tirando superadiantado.
Deu muito trabalho subir por que estava falhada e o Trango XC já havia feito a primeira transição e garimpava solitário após a represa, nesse momento meu queixo estava preso só pela alça do capacete, ele estava muito bem posicionado na prova mas teria que acertar 100% das escolhas para fazer valer essa vantagem sozinho, tarefa difícil pelo que haviámos experimentado para subir.
Trabalhamos todos mais um tempo na subida esperando a condição se estabelecer para trás, o segundo pelotão e os que perderam essa, ainda estavam na fase do zero a zero lá embaixo, o primeiro do pelotão arrisca e iniciamos a transição nesse momento eu ouço um HAMMMM coletivo, gritos no grupo todo, estávamos todos próximos, olho em volta procurando um engalfinhado com outro, um reserva uma autorotação, mas a única coisa que vejo é o Trango XC pousado lá na frente, kkkk!! Caramba, quantos olhares âncoras devem ter sido colocados sobre ele!!!
A prova segue, primeira transição não escolhi uma boa linha e cheguei baixo mas achei o núcleo mais cedo, o grupo havia se dividido, à esquerda e à direita da represa, meu posicionamento era à direita.
Muitos bons competidores precisavam de um bom resultado nessa prova e aproveitariam o descarte de UMA prova em 3 válidas no YNOVAR OPEN, no brasileiro é UMA prova em 4 válidas, então era sanguenozóio, facanabota...
Saíram desembestados, foi bonito de ver e eu, bom uma hora o segundo pelotão tinha que me alcançar né, voar sozinho e alto dá medo soh!!
Para variar eu sem paciência com meu novo pelotão fui tirando mais cedo e mais baixo, devo ter medo de altura...
O céu na direção da prova com aquele azul que se transforma em branco rapidamente e numa parede de energia gigante, éra um CB mesmo!
Reports no rádio da comissão de segurança, pedindo avaliação dos pilotos nas diferentes linhas, nas respostas foram citados; nível de segurança um, dois e três na mesma rodada de transmissão, e vá entender os parâmetros dessas opiniões, desde seguro até interrupção da prova tudo na mesma rodada...
E independente das linhas a condição estava longe "praticamente" todos tinhamos a mesma visão...
Bom, passaram-se alguns minutos e eu já em outra transição batalhando sobre uma fogueira, já com a sobrancelha chamuscada, ouvi o report do Dió cancelando a prova às 14:44h, "eu não ouvi outro horário sendo citado" mas eu estava em uma condição de não prestar atenção em nada e a sobrancelha ardia, kkk...





Pousei e em seguida vem outros pilotos para o mesmo pouso, olha aí o Tomate do PR chegando com um Summit XC e notem também o círculo na "nuvenzinha" que interrompeu a prova!





Isso mesmo era um paraca, esse cara passou um trabalho para tirar o paraca daí, não curti assistir...

Mas tirou!





Tem coisas maravilhosas que encontramos no vôo, nem sempre no ar, às vezes no pouso, como esse tucano e muito amora....










Na volta, Leila PR em pé, Curreca na latinha e muitos amigos o Ozama de costas é o Passarinho...















Comentários sobre os resultados!

Desencontro de informações na decolagem tirou a concentração de muita gente, foi desinteressante para todos...

Desencontro de informações no ar quanto ao momento de cancelamento, o cancelamento foi mais do que certo, mas parece que às 14:34 houve um report oficial e confirmado dizendo que a prova seria até às 14:44, alguns entenderam como interrompida no primeiro horário e outros no segundo, se era por segurança, que cabimento teria cancelar a prova 10 minutos depois e todo mundo se jogando durante esse tempo na direção do CB numa prova contra o relógio???? Sei lá...

Se mantido o primeiro horário, as conversas de corredor indicam, Samuel como o matador da prova, Seco em seguida (valeu!) e empatados em terceiro Clayton, Sergio Sampaio e mais dois pilotos, se algum recurso for feito e deferido favorecendo o horário das 14:44 posições mudam, no Ynovar Open pois muita gente fez os 10 min contra o relógio...

Não tenho notícias do serial, mas o Caxão tava todo feliz...

Confabulações antes da prova e o céu mais cedo apresentando alta instabilidade que rendeu um liftzinho cedo e brincadeira na rampa, o Martin um dos designers da Airwave está por aqui, vou tentar um papo com ele sobre esse FR5 amarelo em primeiro plano na foto, o Clayton falou muito bem da vela e é um dos que pode morder o título do Open se der mais prova e rolar um descarte, a vela está muito rápida é é única no mundo, FR5 L!!
Claro que não deu prova né, cbs no dia anterior, umidade alta...
Cb no ar, piloto no bar, em seguida rolou a reunião para decidir sobre o brasileiro do ano que vem..

Essa é outra vela que me despertou curiosidade é o Trango XC vela usada no X-Alpes, base do Trango XC que deve sair em dezembro, dá uma olhada se não parece um proto de ponta pelo alongamento, tem uns gringos da área de projetos da UP, vou tentar saber o que muda em relação a essa vela no paraca de série que já está sob aprovação LTF...


Bonito né, eu tinha preconceito com paraca verde
mas a vela é muito bonita, design e combinação,
e viva a corrida entre as grandes fábricas, o que eu
quero é voar em paracas com performance cada vez mais proto e segurança cada vez mais antiproto, kkkk!!


Da esquerda para direita, Tonolli, Pássaro, Álvaro que tá bem colocado no serial e Garga em transe...
O amigo gaucho ao lado direito acabou de pegar um Mantra M3, falando nele o Caião levou o serial ontem com o Mantra M3 e o Alê também tá na ponta com Mantra R09, o amigo dos pampas tá que é só felicidade e expectativa da chegada da vela...
O Edmilson da Woody Valley e ele voando de M3 no RS...
Opa me vou o céu acordou bonito...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ynova Open prova de 2a

Opa, o dia de vôo promete!! Dêem uma olhada na condição às 10:30h no vídeo e como se desenrola nas fotos e tem um papo bem legal com o Fábio Fava que agora está conosco no Ynovar...






Mais uma novidade o primeiro AIRWAVE FR5 no Brasil sendo estreiado, nas mãos do piloto mineiro Clayton Resende, baita piloto o mineirin, apurações do dia em andamento mas ele deve ter ficado entre os 5 na prova de hoje e me disse que nem tocou no speed...















Janela abrindo às 12:20 e start às 12:50 e olha o céu 15 minutos depois da abertura da janela todo mundo no ar e se posicionando, e eu e meu mantra M3 aí no chão ainda por checar, eu não disse que hoje ia deixar todo mundo trabalhar por mim, kkkk!!!

Prova de 63km, dois pilões e goal em Sacramento novamente!












Me enrolei como uma noiva e decolei com os últimos 3 paracas da rampa, não havia mais ninguém à frente, ou à vista no ar todos já haviam saído (a solidão é fera a solidão devora...), os dois tentaram a esquerda da rampa e afundaram, fui para a falésia da direita e só consegui subir jogando para trás da rampa o que me atrasou mais ainda pois estava na linha de trás da prova teria que fazer um baita través para me alinhar corretamente, oh vida, oh azar...

A velinha é muito boa, eu não merece tanto kkkk, corri esse través todo com a bota embaixo em uma boa linha de sustentação e cheguei nesse pelotão do círculo que no início contava com uns 15 pilotos!

O céu estava assim próximo ao primeiro pilão quando chegamos, lembrando que somos o pelotão que fechava a fila, agora já não restando 10 parapentes.






Assim fica fácil né com fogueira no meio da linha de perturbação alinhada com a sombra do cloud, que baita dia de vôo soh, muito bom! Estava bom até aí, nesse momento o primeiro pelotão deve estar chegando no goal...


Mas quando a esmola é demais o santo desconfia né, as nuvens de simpáticas foram se desenvolvendo, do meu posicionamento alinhado com a prova à 40 km à esquerda formou e desaguou próximo a Araxá, dos pilotos que chegaram no goal houve report sobre uma formação roncando também à direita do goal, o meio do caminho não seria seguro por muito tempo, lá na frente sol, se a prova fosse para lá né! Prova cancelada às 15:35, report pela frequência adequada, vi o pessoal pousando, mas por conta e risco, forcei a barra um poquiquitinho, voei baixo me arrastando, as vezes orelhados e com speed me equilibrando para não subir embora em nenhum momento fui chupado por nuvem alguma ou notei turbulência anormal ao longo da minha rota, percorri os poucos km finais até o goal, 4 voltas em espiral e estava seguro no chão, 5 minutos para dobrar e começa a pingar...
Não valia nada nesse momento fazer o goal, mas valia para mim!!
Dois outros pilotos tiveram problemas sobre o goal para descer tentando espirais...
Tudo bem quando acabe bem e todos estavam no chão, encontrei o Clécio no ônibus da volta, ele ficou um pouco antes do raio de segurança, o Bigode um pouco à frente dele rendeu mais e chegou, Caixão próximo ao primeiro pilão, Álvaro tava bem colocado quando eu vi mas não sei onde terminou, Garga, Richard e Secco goal dentro do tempo regulamentar, Gustavo, Passarinho e Franklin sairam cedo no primeiro pelotão e também aguardo os resultados de amanhã para saber...


Segue algumas fotos dos catarinas figurinhas premiadas...
1- Caxão e Franklin
2-Aladim, Domenica, Clécio e Fava
3- Pássaro






















































































































































domingo, 4 de outubro de 2009

Ynovar Open






Tomei o avião no dia 03, não houve prova, meu vôo chegou a Uberlândia antes do meio dia e da direção de Araxá pude ver uma família de monstrinhos bigorna tipo esse...



O filtro do segundo dia de prova era espesso (âncora pura) mesmo assim teto de 2800 e prova de 63km, opa em SC não tô acostumado a ver o chão tão do alto, kkk, a saída derrubou muita gente do primeiro pelotão, alguns pilotos decolaram após essa primeira leva e cairam no pé da rampa. Após uma espera difícil e quente a biruta morre e logo em seguida fica biruta e saímos em um grupo de 30 pilotos rodando apertado sentindo que aquele era o momento, subi muito bem com o Mantra M3 e mesmo tendo decolado após uns 15 pilotos alcancei o pessoal na base, como sou afoito e preazão de provas (meu primeiro ano competindo) nada de esperar a galera, saí desembestado só no pipipi da macready do compeo, e o pessoal foi ficando naquele jogo de "alguém que faça o trabalho", escolhi uma boa linha e quando eu saia de uma térmica parte do pelotão chegava pois tinhamos duas linhas que rendiam, mas era um dia para ser mais conservador (e eu voando prafrentex...), apostei em um corredor fino mais iluminado de sol que estava sendo praticamento fechado dos dois lados e baixei a bota não me importando em garantir altura antes, resultado nashom com o corredor fechando quando eu estava na metade da travessia com 30 km de prova, me arrastei baixo mas pousei a 150m do sol, kkkk 10 min depois o pessoal que esperou e fez base passou na minha cabeça, agora se a minha linha tivesse rendido um pouco mais...
Todo voador é assim né, se aquela.....
Antes de eu dobrar a vela o resgate estava me esperando na estrada, organização 100% a YNOVAR está de parabéns!!
Fiz só meia prova mas foi muito bom, eu queria mesmo medir voar com o pessoal forte e afundar a bota!! O M3 estável duro na cabeça enquanto eu abusava do acelerador! Que vela, combinado com a XR5 é um conjunto impressionante, se não fosse eu para atrapalhar, kkkkkk!!!

Dos catarinas, Bigodeira, sempre ele, decolou se pendurou no nada, ninguém o seguiu e quem tentou caiu, alcançou uma linha atrás da rampa que chegou antes da condição que vinha pela frente e foi embora...
Caxão, Álvaro, Garga, Secco, Richard chegaram no goal pois encontrei-os na fila para baixar o vôo, pode ser que mais alguém tenha chego, tinha muito vôo para ser apurado...

Amanhã tem mais e vou caprichar mais nas fotos e da galera também...














quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MATÉRIA DA REVISTA XC 154 de abril de 2009

A Ozone A Ozone tem uma dos mais largos conjuntos de velas do mercado atual do qual participa a 11 anos, no momento são 17 diferentes modelos de paragliders à escolha. Eles também fazem velas para paramotores e kites para terra, neve e água. O Mantra M3 é a vela da marca de mais alta performance certificada, há somente o Mantra R09 acima do M3. Este lançamento substitui o Mantra M2, este último uma respeitada vela serial. A Ozone é uma companhia Inglesa/Francesa baseada no sul da França onde o designer David Dagault, ex-campeão frances e tendo já completado o Red Bull X-Alps é apoiado pelo tricampeão Inglês Russel Ogden e também Luc Arment, o francês que voou sozinho com paradas de bivouac (acampamento) através de 1000 km na Índia e montanhas do Himalaia Nepalês. Quando perguntado sobre sobre o foco da Ozone, ele disse, "Nós temos focado a produção de velas com performance utilizável através de um maciço trabalho de pesquisa e desenvolvimento pelo nosso time de testes, que também é nosso time de designers. Nosso piloto teste chefe é nosso chefe de design e voa todos os dias com outros pilotos de testes. Nós acreditamos nutrir uma conexão mais profunda entre o design da vela e o piloto designer que a maioria das companhias.


O que diz o designer David Dagault sobre sua criação!
No Mantra M3 seguimos o "verdadeiro espírito da performance" em outras palavras, gostaríamos de repor o Mantra M2 mantendo o sentimento dessa vela e melhorando-a performance e eficiência. O M3 é para pilotos experientes querendo alta performance para vôos de XC ou competições e ao mesmo tempo o conforto e acessibilidade de uma vela certificada. O Piloto do M2 que voar o M3 sentirá que a vela é um pouco mais compacta que sua predecessora sujeita a menos deformações de shape mais liso em todas as situações e trabalhando menos em turbulência. Todos os aspectos do M3 foram trabalhados e ficaram mais agradáveis mas os mais destacados são a eficiência na subida, o planeio e o controle da vela no solo e no ar. O sistema de freio usado no M3 foi desenvolvido no Mantra R09 (competição da Ozone), neste sistema a tensão no bordo de fuga foi diminuida para conforto de pilotagem e redução das deformações originadas da atuação do freio, isso é conseguido encolhendo o bordo de fuga ao longo de seu comprimento resultando no melhor controle e perfil mais limpo. Foram introduzidos mini perfis no interior da vela que reduzem a espessura do bordo de fuga, o que reduz arrasto e incrementa a performance. Este tipo de inovação nós chamamos de "free performance upgrade", ou seja é um recurso de incremento de performance que não afeta segurança e acessibilidade da vela. Fizemos alguns experimentos com o "rigid foil" e sistemas semelhantes, e para o design do M3 e seu intervalo de velocidades, esses recursos somente acrescentariam peso desnecessário. O retorno dos pilotos do M3 que voaram o M2 tem sido excelente, bem como dos pilotos que não encontraram o que queriam em seus parapentes anteriores ao Mantra M3. É ótimo ver a aceitação da vela e o crescimento da proposta do Mantra!


O que diz a Ozone sobre o Mantra M3 Confiança Insuperável e máxima performance na classe serial.



Opinião do Cross Country Com um A/R flat de 6.5, ou seja 0.1 maior que qualquer vela similar que nós encontramos, o Mantra M3 tem um aspecto macio e lustroso, sem perder o vigor. Provavelmente essa impressão de suavidade se deva ao M3 não ter um shape com alto arco como as mais recentes velas de alta. Em vez disso suas formas são confortavelmente clássicas, com o padrão das entradas de ar das células, quadrado, abertas até antes das oito células dos stabilos. Minha primeira impressão quando eu a puxei no ar era que estava diante de um design simples. No entanto, a Ozone pontua enfaticamente que o M3 é a mais técnica vela certificada que ela já construiu. Um olhar mais próximo no design e você começa a entender o que eles querem dizer. Primeiramente, o M3 é um verdadeiro "3 linner", ou seja tem somente 3 conjuntos de linhas que deixam cada um dos tirantes ABC. No topo de cada uma dessas linhas somente uma bifurcação tripla na galeria fazendo o arranjo de linhas do M3 um dos mais simples que eu já tenha visto. Essa simplicidade possibilitou a Ozone construir uma vela com uma quantidade pequena de linhas, o tamanho M usa 279 m de linha fina sem capa, 11% menos que no M2. Segundo, o Mantra M3 tem uma complicada estrutura interna e usa os reforços do perfil (mylar) também em seu interior, no bordo de fuga, para um perfil mais liso quando atuado e também menos fino a fim de incrementar performance. As linhas do freio, são as mais finas que eu já vi. Apesar do M3 ser de alta tecnologia no que se refere ao set de linhas e na estrutura interna, já nos tirantes tem dois pontos estéticos que para mim não são favoráveis, são eles: Primeiro ponto a linha de freio é a mais fina que já vi, e é atada diretamente à fita dos batoques sem a presença de um anel o que a deixa em contato direto linha contra fita, o que aos meus olhos não é uma boa combinação. Segundo ponto, para mim o velho estilo de atachar freios nos tirantes com botões de pressão é o melhor se comparado com os modernos botões magnéticos usados no M3.


Controle de Solo Apesar do seu grande alongamento o Mantra M3 não é uma vela difícil de manejar no solo. Seguramente seu alongamento a faz ziguezaguear um pouco mais que uma vela com menor alongamento, mas é uma vela que não tem tendência a abater adiante sobre a cabeça. De fato em decolagem reversa em vento fraco eu achei que o Mantra M3 pára frenquentemente sobre a cabeça e dependendo das condições, requer até um pequeno puxão extra nos tirantes A's, ou ainda um par de segundos extras para ele estar pronto para voar. Isto dá à vela um comportamento livre de stress no controle de solo, alguns podem dizer que essas características não caem bem para uma vela desse nível, eu as acho positivas. Uma vez no ar o M3 vem a ser o paraglider de alta performance que está desenhado para ser. O freio é longo para uma vela desse nível, o que é uma prevenção contra negativar esta vela pois com o freio longo o aumento de peso é gradativo e fácil de ser sentido, o glider é muito preciso e permite ser manejado com acurácia em lift apertado. Apesar dessa precisão, o Mantra M3 não é o mais ágil serial que já voei. Ao invés disso o Mantra M3 parece preferir rodar flat e são curvas eficientes é verdade, contribuindo para a excelente taxa de queda e características de subida nas térmicas dessa vela, embora o M3 seja um metro menor em área de superfície que o Mantra M2. Outra novidade no Mantra M3 é o uso de um novo sistema de freios, linhas são alojadas de forma que quando o freio é acionado é provocado inicialmente um "encolhimento" do perfil ao longo do comprimento do lado atuado, para somente em seguida o freio atuar na deformação do bordo de fuga gerando arrasto, isso é conseguido com fitas presas ao longo do bordo de fuga que passam através de anéis. Até onde atua este sistema de encolhimento do perfil tem sido exitoso em freiar moderadamente a vela antes da deformação do perfil no sistema de stall tradicional. Usar esse sistema ao longo de todo o bordo de fuga é a idéia relativamente nova da Ozone e adicionou ao velame a habilidade das curvas lisas com o glider flat. Em termais o Mantra M3 é surpreendentemente dócil para uma vela EN D e não mergulha muito quando nas vizinhanças de uma térmica como eu esperaria para uma vela dessa perfomance. De fato o M3 parece bater na térmica e em vez de mergulhar adiante e para dentro, ele converte a energia diretamente em subida, permanecendo mais sobre a cabeça do que muitas outras velas fazem. O M3 parece menos pitch positivo do que alguns gliders de homologação inferior, embora seja bom ressaltar que eu estava voando próximo ao limite superior de peso. Normalmente sou fã de velas com pitch positivo, mas essa característica do Mantra M3 quando combinada com sua agilidade acredito que seja uma rica combinação. Você deve somente voar com mãos altas se quer manter a energia para rodar fechado quando necessário, não sendo preciso ajustar a energio do pendulo. Voando em turbulência, o M3 ainda retem energia suficiente quando os freios são chicoteados para cima para lança-lo em pitch, mas ele necessita menos correção que muitas outras velas da sua categoria. O resultado é uma vela que transmite um sentimento de confiança que, apesar do seu alto nível de performance, torna o M3 acessível para um largo grupo de pilotos como você que pode estar procurando por uma vela desse nível.


Cá entre nós! Esta é uma verdadeira vela de alta performance, e determinadas características de um velame é uma questão de gosto pessoal do piloto. No entanto, o time da Ozone fez um grande trabalho afinando o controle, agilidade e segurança no Mantra M3 para fazê-la tão fácil de voar quanto você poderia almejar encontrar nesta classe de velas. Sua natureza cordial no solo é um forte indício do que você vai encontar no ar com o M3. Porém, ela pode parecer pouco reativa para o gosto de alguns pilotos. Há pilotos aí fora que irão preferir um pitch mais positivo na vela que querem que ela avance e morda a térmica rapidamente, mas nesse estilo de vela frequentemente são necessárias atuações e correções e isso... O Mantra M3 é uma fantástica escolha para o piloto que tem sérios objetivos no XC e competições. Dado o alto nível de performance, a certificação EN D/ LTF 2-3 e a facilidade de pilotagem, eu espero ver o Mantra M3 bem colocado no alto do ranking serial de competições e se destacando nas ligas de XC este ano.



O Teste Bob Drury, o piloto responsável por este teste, voou o Mantra M3 tamanho M com 100 kg ou seja 3 kg abaixo do topo da vela. Bob estava voando a vela usando uma selete SupAir Evo XC.
http://www.flyozone.com/